terça-feira, 25 de agosto de 2009

Do inferno para a morte

Hoje, na sala de aula, discutimos o documentário Ônibus 174 (2002). Já tinha visto na Ufal, mas assistir de novo foi importante. Com resenhas em mãos, partimos p o debate!

O caso aconteceu em 12 de junho de 2000. Na tarde de segunda-feira, Sandro Rosa Nascimento assalta o ônibus 174, no Jardim Botânico (RJ).

Ao longo do filme, sabemos q o rapaz vivia nas ruas. Aos 6 anos, viu a mãe ser morta a facadas e degolada. Já adolescente, estava entre as vítimas da Chacina da Candelária. Passou também pela Febem. Adulto, foi preso no "cofre" - um cubículo sem luz q "abrigava" 40 homens. Como usuário, ia da cola à cocaína.

As opiniões dos estudantes foram as mais divergentes. Alguns achavam q a vida de Sandro não justificava o sequestro. Durante o filme mesmo, ainda ouvi: "Mata esse peste! É um nojento!". Outros colocaram o rapaz como vítima de um abandono social e do Estado.

O título da minha resenha foi "Do Inferno para a Morte". Repassei os pontos principais da vida do homem de rua e disse q não saberia q ser humano seria eu se, aos 6 anos, tivesse visto minha mãe ser morta.

Considero q, durante o sequestro, o atirador de elite deveria sim ter sido usado - ao menos p neutralizá-lo. Algumas vezes, Sandro, armado, colocou o braço p fora do ônibus. Mas, definitivamente, não concordo com a morte por asfixia - como aconteceu no camburão -, depois de imobilizado.

O duplo homicídio, de Sandro e Geíza, aconteceu há 9 anos. Além do documentário, tb existe um filme, q deve concorrer ao Oscar, q trata sobre o fato. O despreparo da polícia, o descaso com os jovens nas ruas, as políticas sociais e públicas, a omissão da sociedade... todos esses temas devem ser debatidos sempre!

Um comentário:

  1. Telminha concordo com vc. A omissão social e estatal são gritantes. Sandro é sim mais uma vítima da exclusão que a sociedade o faz. Como é a cabeça de uma criança que vive na violência e aprendeu que apenas com a força, ele consegue as coisas. Habituado com a morte desde pequeno, como mudá-lo? A própria sociedade que discrimina, que olha de cara feia, que tem nojo, como esse seu colega de turma,são eles mesmo que despertam este tipo monstro social...Apenas Educação salva. E Educação pra todos

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