quarta-feira, 20 de maio de 2009

Re-sentimento

Gostaria de ser mais religiosa do q sou... estar mais atenta a uma oração, a uma passagem da Bíblia. Ando um tanto desapegada, admito! Mas tinha um sacerdote q conseguia tocar o meu coração... o Padre Léo! Ele já faleceu e faz uma falta... mas, de vez em qd, ainda vejo alguma de suas apresentações, em DVD.

Numa das palestras, o Padre Léo papeou sobre o ressentimento. Ele explicou assim: ressentimento é vc sentir de novo, sozinho. Imaginemos uma discussão entre marido e mulher! Ela se chateia com uma desatenção e sozinha sente... não para... trabalha, cuida da casa, mas sozinha, ainda continua sentindo, esbravejando, irritada. Do outro lado, o homem tb pensa em toda a "ingratidão" da esposa.

Separados, marido e mulher repassam a briga uma, duas, três... muitas e muitas vezes. Qd cansados do cenário, vão ao fundo do baú e recolhem desentendimentos lá atrás, alguns defeitos! No encontro pós-briga, estão tão cansados da luta solitária, q deixam a conversa p outro momento. É o velho "deixa p lá"... e o re-sentimento vai roendo, cortando!

Sabe como o Padre Léo tratava esse marido e essa mulher? Ele soltava sem dó nem piedade: ANTAS! A gente é sempre meio anta! Não conversa por conta do orgulho... nem se lembra ao certo pq brigou! É assim, mtas vezes, entre casais, amigos ou na família.

Eu confesso: nos últimos tempos, tenho sido bem anta. Estou há meses sem conversar com duas pessoas q eu amo. A primeira, ainda vai, é uma questão mais séria... não vai se resolver assim, tão fácil! Mas a outra, a partir de um encontro, tenho certeza q a gente se acertava. Mas quem vai dar o braço a torcer? Enqto isso, ficamos afastadas... é mta "antice"!

3 comentários:

  1. Amiga, vc deu o primeiro passo. Já constatou a sua "antice", o segundo é mais difícil, é a reaproximação. O perdão, que é divino, já aconteceu pelo visto pelo menos. Então, com calma e naturalidade, se o sentimento fraternal for real e recíproco, ele ressurge. E vcs vão poder agora sim, ressentir, mas outro sentimento: a amizade. Avante telminha, seu coração é puro, espalhe....

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  2. Concordo com o Cadu.. o mais difícil vc já fez que foi reconhecer a sua "antice". O que vem a partir de agora é um processo natural, de reaproximação. Não deve existir orgulho nessas horas. Sou a favor de um telefonema, de um encontro pra acertar os ponteiros. Dê essa inciativa e com certeza vc não vai se arrepender! Beijo

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  3. Faço parte desse grupo de ANTAS e isso eu reconheço. E como reconheço que deveria dar o primeiro passo a ficar esperando que as coisas aconteçam. O orgulho as vezes acaba nos provocando confrontos banais com pessoas essenciais em nossas vidas. Como Cadu, disse, você já deu o primeiro passo, reconhecendo. Agora, é só ir lá e dar o segundo. Bjsssssss

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